MATÉRIA EM
CONSTRUÃO
ESCUSAS PELO
TRANSTORNO
Casamento Clandestino
Suíte Com Seis Pranchas
Desenhos de
Charles-Abraham Chasselat
Gravados por
J. Duthé.png
Ficheiro contendo seis
gravuras que retratam os atos da tragédia de Inez de Castro.
J. Duthé (1800-1840), based on
drawings by Charles-Abraham Chasselat
(1782-1843)
A declaração de Cantanhede,
feita pelo rei Pedro I de Portugal em 12 de junho de 1360, na igreja de
Cantanhede, é o juramento pelo qual o rei declarou ter casado com a dama galega
D. Inês de Castro em Bragança, haveria então uns sete anos, em mês e dia de que
não se lembrava, em cerimônia religiosa, e secreta, celebrada por D. Gil, deão
da Sé da Guarda e testemunhada por um dos criados do rei.
A declaração foi confirmada
em Coimbra em 18 de junho do mesmo ano, pela notificação de D. João Afonso,
Conde de Barcelos, a prelados, fidalgos e povo, nos paços da escola de Coimbra.
Foram testemunhas Estevão Lobato, seu criado, e o dito D. Gil da Guarda, que
era então bispo da Guarda.
D. Afonso IV, rei de Portugal opunha-se veementemente ao romance, já que eram primos e ainda por cima ele era casado. Tinha outro fator: D, Pedro ameaçava legar o trono portugues a um de seus tres filhos com Inez, em detrimento de seu filho legitimo com a rainha.
O fato interessante retratado no ficheiro de Chasselat era que o casamento entre D. Pedro e Inez se dera secretamente.
Em que pese algumas dúvidas, o motivo principal da
declaração de Cantanhede foi legitimar os filhos nascidos desse matrimônio, os
infantes Beatriz, João e Dinis.
O rei mondou degolar a amante real. Claro que seus
assassinos foram mortos sob ordem de D. Pedro I, agora rei de
Portugal no Mosteiro de Santa Clara e na frente de seus dois filhos. Assim que
se tornou rei mandou executar os conselheiros de D. Afonso IV, assassinos de
Inez.
D. Pedro I mandou exumar o
corpo de Inez de Castro três anos após sua morte, a vestiu em trajes com rigor
clássico e a corou rainha, sentou-se ao seu lado e obrigou toda a corte a
reverenciá-la e de joelhos, beijarem sua mão. A Rainha Morta, ali estava viva.
Até hoje no Mosteiro de
Alcoba repousam ao lado um do outro e ainda milhares de pessoas os visitam
todos os anos prestando admiração pelo drama a eles imposto.
Ao amor entre eles também.
Ao amor entre eles também.
Mais de duzentas obras
literarias relatam a tragicomédia de Inez de Castro, até mesmo em Os Lusíadas, Luiz
de Camões dedicou homage a heroina injustiçada.
G. de Resende da coleção
"General Cancioneiro" (1516), várias oitavas da 3ª a música "Lusíadas"
(1572), de L. di Camoes; a tragédia de A. Ferreira “Inês” (1587), Lope de Vega
“A tragédia de Donna Iney” (séc. XVII; perdida), L. Beles de Guevara “Rainha
após a morte” (1ª metade do séc. XVII), Impact de La Mota "Inês de
Castro" (1723), R. Feita "Inês de Castro" (1793), L. Arnault
"Pedro, o Português" (1823), A. de Moyaterlan "A rainha
morta" (1942), drama (1811; nome não preservado) V. Hugo, 15 anos;
romances de A. Ben "Agnes de Castro" (1688), G. Blazha "Rainha
após a morte" (1933), etc. (um total de cerca de 200 obras literárias.
Obs:
Gravuras em processo de
restauração e limpeza
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