A. De N. peint
Charles Laplante sc
"Jeanne D’Arc Interrogée Dans Sa Prison"
Paris
Século XIX (final)
Xilogravura de Laplante, em estado bom. Com as margens, sendo que a vertical da esquerda tem pequeno aparo. Também na margem superir, por traz tem fita adesiva colada.
27,8 x 18,8 cm.
Retrata a saga de Joana D’Arc e na prisão, enquanto era interrogada em Londres. Ela afirmara que em suas visões estava escrito que sua função era lutar contra os ingleses e elevar
Charles V ao poder. O que realmente aconteceu. Não consta que ela lutou com espadas, machados ou qualquer arma, mas sim com seu estandarte e ela levou as pessoas que nela acreditaram a seguidas vitórias, até quando foi capturada pelos ingleses, com apenas 17 anos.
Em sua época, auge da idade média, tempo em que as cruzadas estavam em voga, não poderia soar bem o que Joana relatava, afirmando que desde os treze anos ouvia vozes convocando-a para a empreitada, por nós conhecida e o que nos levou a idolatrar a antológica personagem.
Na imagem vemos os soldados que a prenderam com aparência de pouco caso, para eles a jovem não teria poder para as conquistas realizadas e não aparentava ser perigosa. Mas o juiz, com trajes de cardeal tem aparência desafiadora e o que representa incomplacência. O oficial relator, durante sua função, mostra com sua postura querer do cardeal mais bom senso que respeito às leis canônicas.
Os julgadores de frente para a esquerda representam a posição de quem apenas imagina e não traz documentos ou provas, porém o autor cria a protagonista com o braço direito em posição segura e prudente direcionado, também para a direita sinaliza que a atenção de seus interlocutores deve ser redobrada para evitar erros e injustiça. Podemos notar que sua perna direita aponta para a direita também, pois a dúvida é consistente, enquanto um julgador, com a mão esquerda, segura sua cabeça em sinal de que dúvidas existem. Bom! Para garantir a tese, nota-se que a bíblia fica ao chão, entreaberta em sinal de desleixo pelo que nela está escrito.
Não dava para acusá-la de coisa alguma, ela era virgem, mesmo assim morreu queimada.
Não demorou muito, ainda no século XX, a donzela foi canonizada.
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As fotos são redimensionadas para a postagem, portanto não alcançam a nitidez da original.
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